terça-feira, 28 de junho de 2011

Sanduíches

Era final de ano, tempo de muitas festinhas de confraternização. Meu filho pediu para eu ajudá-lo a fazer uns sanduíches para ele levar para uma das festas. Fizemos com o maior cuidado e capricho.

Ele voltou bem tristonho, da festa. Dizendo que quase ninguém tinha comido, do prato que ele levou. Eu disse para ele:

- Filho, não importa se as pessoas não quiseram comer o que você ofereceu para elas. O importante é que, o que você ofereceu, foi feito com o maior cuidado e da melhor maneira que podia ser feito. Se sobrou, ficará só para nós.

No outro dia ele tinha outra festinha para ir. Novamente, preparamos sanduíches. Ele contou-me que as pessoas adoraram os sanduíches e, em segundos, devoraram o que havia no prato. Eu lembrei-lhe o que havia dito:

- Devemos oferecer o que temos de melhor para os outros. Se eles irão aceitar ou não, é problema deles.

Às vezes, as pessoas não gostam do que temos a oferecer, elas tem o direto de não gostar, e às vezes, não lhes é conveniente gostar. De qualquer maneira, não devemos deixar de oferecer. Sempre existirá alguém louco por sanduíches. E é para esses que devemos continuar fazendo.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Show do Oswaldo Montenegro

Ontem, fui ver o show do Oswaldo Montenegro na Festa do Sapato, em Campo Bom. Meu Deus, como estava frio! Mas tava frio valendo! O show era ao ar livre e depois de cinco minutos, parada no local, deixei de sentir meus pés. Voltei a sentí-los 3 minutos depois...Sentí-los como se fossem dois blocos de gelo. As mãos começaram a passar pelo mesmo processo: formigamento e congelamento.  Na hora de aplaudir, tinha que ser de vagar, porque as pobres doíam. Mas nada tirou o prazer de assistir a um artista que eu admiro muito. Confesso que senti pena dele, parado ali no palco, em cima de uma plataforma, pegando um vento gélido no rosto. Não deve ter sido fácil! Ele começou cantando sozinho, ele e seu teclado. Depois, chamou ao palco uma musicista que tocou teclado e flauta, maravilhosamente bem: Madalena Salles. Agora eu sei quem é responsável pelos solos de flauta das músicas do Oswaldo Montenegro. Os dois deram um show! Oswaldo se revezando no teclado e no violão e Madalena na flauta e no teclado. Duas pessoas, apenas, fizeram um show de excelente qualidade musical. Quando a gente vê a apresentação de artistas desse porte, a gente entende porque o trabalho deles sobrevive aos interesses da mídia e continua através dos tempos. Eles são muito bons! Dominam seus instrumentos, sabem como entreter o público e é visível o amor que sentem pela música. Fiquei satisfeitíssima, com o show! Fiquei feliz por ter ido.




quinta-feira, 9 de junho de 2011

Nosso Amor adolescente

Foi assim, eu olhei para trás e perguntei o nome dele. Ele respondeu e olhou para o papel em que eu estava escrevendo. Parecia ansioso para que eu colocasse o nome dele ali. Compreendi o seu olhar e por não querer decepcioná-lo, escrevi seu nome. Era um questionário, que a professora havia dado, perguntando quem eram os nossos melhores amigos na sala de aula. Após meu gesto, ele pareceu ficar satisfeito. Na verdade, eu só estava perguntando o seu nome porque eu queria saber sobre uma palavra que estava apagada na minha folha. Queria ver se na folha dele, estava melhor (coisas do tempo do mimeógrafo). Foi ali que começou, pelo menos para mim, nossa grande amizade. Num engano! Mas o que era mentira acabou se tornando a mais pura verdade. Desde aquele dia ele começou a ser um dos meus melhores amigos. Esse fato ocorreu na sexta-série, no ano de 1985. Eu tinha 13 anos e ele 12. Começamos a passear, fazer trabalhos escolares, ir às festas, tudo juntos. Terminamos o 1° Grau Juntos. Escolhemos o mesmo Colégio no 2° Grau, mas ficamos em turmas diferentes. Concluímos o 2° grau. Ele foi para a Faculdade. Eu comecei a trabalhar, fui cursar a Faculdade um ano depois dele. Mas nos víamos, saíamos, ele ia na minha casa, eu ia na casa dele. As pessoas perguntavam se éramos namorados, porque sempre nos viam juntos. Foram 10 anos de uma grande e maravilhosa amizade. De vez em quando ele tocava no assunto de namorarmos. Mas eu dizia:

 - Não vamos estragar a nossa amizade. 

E ficávamos assim. Namorávamos outras pessoas. 

Um dia, ele resolveu ir morar na Capital. Eu dei a maior força. Sabia do grande fascínio que ele sentia por aquela cidade grande. Ele deixou o seu emprego, largou a faculdade e foi embora pra capital. De tempos em tempos voltava e ia me visitar. Sempre com o papo de namorarmos. Após dez anos de insistência, eu resolvi ceder. Eu compreendi que ele seria uma ótima pessoa para construir um relacionamento. Se insistiu 10 anos para namorar comigo, imagine quanto tempo não insistiria no resto (namoro, casamento). Namoramos seis meses e resolvemos morar juntos. Não havia mais necessidade de tempo para nos conhecermos, já sabíamos tudo um do outro. Larguei o meu trabalho, a minha faculdade e fui para capital, morar com ele. 

E então, a partir do dia 12 de junho de 1995, começamos a história do nosso casamento. Trabalhamos, tivemos nossos filhos, nos formamos, trocamos de cidade, e muitas outras coisas. De lá para cá, foram muitas viagens, acampamentos, namoro, alguma brigas, alguns dias de separação... (Tudo o que um casal tem direito) Coisas boas e coisas ruins. Mas o mais importante é que as coisas ruins, que aconteceram no nosso casamento, foram poucas comparadas aos momentos bons. E a alegria, o amor e companheirismo, sempre prevaleceram. Para mim, isso é o que importa! Eu não sou perfeita, ele não é perfeito, mesmo assim, ao nosso ver, estamos construindo uma bela história, juntos. 

Em 2008, resolvemos oficializar nossa união e nos casamos no cartório da cidade. É bom casar por causa da lua de mel. Quando resolvemos morar juntos, passamos 2 dias em Florianópolis, quando oficializamos nossa união, passamos 2 dias em Canela, e qualquer ano desses, a gente casa no religioso, só para poder ter uma terceira lua de mel. A data oficial de casamento é 28.11.2008, mas a data que conta, para o nosso casamento, é a primeira, 12.06.1995. Não abro mão de nenhum dia. . 

No próximo dia 12 de junho, completaremos 16 anos de União. É muito tempo para estar junto de uma pessoa, não é mesmo? Mas se continuar do jeito que está, valerá a pena ir adiante. Somando 10 anos de amizade mais 16 anos de casamento, dá 26 anos. 26 anos em que essa pessoa está na minha vida (Eu tenho 38 anos). Eu sempre digo pra ele: é Karma. Após tantos anos, gostaria de agradecer-lhe por aturar os meus dias insanos, por me aceitar como sou, por sobreviver as minhas TPMs (risos), por me escolher para ser sua companheira e, principalmente, por ter embarcado nessa aventura louca de ter 4 filhos. Não é todo mundo que quer essa responsabilidade. Ter uma família grande sempre foi o meu maior sonho e ele tornou isso possível. Para sempre lhe serei grata.

16 anos de casados: Bodas de Safira. Nosso amor ainda é adolescente, ainda temos muito o que viver, muito o que aprender. E como dizia o poeta Vinicius de Moraes “Que seja infinito enquanto dure”. É isso aí, mas com o desejo de que dure para sempre. E se não durar, o que eu tenho a dizer é que, só por termos chegado até aqui, já valeu a pena!