sexta-feira, 29 de julho de 2011

Post Família: A mesa de Pebolim


Que coisa divertida, a mesa de Pebolim! Nunca me interessei por ela na minha infância e juventude. Mas, eis que me deparo com ela, agora, depois de casada e com filhos. E talvez, por isso, esteja sendo tão divertido. Dá pra jogar em família. Nunca imaginei me divertir tanto com um brinquedo, quanto me divirto com esse. Ficou claro, não? É um brinquedo muito bom para se ter em casa. Pra brincar em família. A minha família é de seis pessoas. Com criaturas com idades que variam de 5 a 38 anos. Sendo assim, dá pra fazer várias combinações: jogar um contra um, dois contra dois ou três contra três. Dá para trocar os parceiros, jogar um contra dois, três contra um, jogar maiores com menores e médios com pequenos e maiores...No início, quando jogávamos três contra três, disputávamos quem iria ficar com o menor (o que tem cinco anos). Sempre queríamos que ele ficasse no time adversário, tadinho! É que ele jogava contra o patrimônio, fazia gol contra. Mas depois de tanto treino, até ele está jogando direitinho. Juro! Esses dias, eu e ele, ganhamos dos de 38 e de 10 anos. Como rimos da cara dos adversários. Eles não sabiam do nosso segredo: todos os dia depois do almoço, eu jogo uma partida com o gurizinho. Uma eu deixo ele ganhar e na outra, ganho. Perco para motivar ele a continuar jogando e se aperfeiçoando e ganho para ensinar a ele que nem sempre ganhamos. No início, quando ele perdia, ele chorava. Então, eu disse que não ia mais jogar com ele, pois ele não sabia agir, quando perdia. Acho que ele entendeu o recado e, agora, brincamos sem nenhum problema. Outro dia jogamos valendo o refrigerante. Se eu e o de 13 perdêssemos, os de 38 e de 16, poderiam tomar refrigerante. Se ganhássemos, nós tomaríamos água. Nos dias de semana (era dia de semana), prefiro que tomemos água ou suco. Refri, só quando a gente sai ou nos finais de semana. Foi uma disputa fabulosa! Jogar valendo alguma coisa, motiva mais os jogadores. Empenhei-me o máximo que pude, só para manter o pessoal longe do refri. E o de 13 também ajudou a causa. Mesmo sendo fã do refri. Acabamos ganhando. A dupla adversária ficou indignada. Tinham ganhado as três últimas partidas e naquela que valia alguma coisa, perderam. É a vida! Aconselho: Mãe, pai, manos, joguem pebolim juntos. É muito, muito divertido.

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Esses dias de chuva, que não passam! A  gente fica dentro de casa, sem ter muito o que fazer com a criançada. Recebemos uma dica de um site que é muito legal e dá pra brincar em família.  É um site em que o gênio adivinha a personalidade em quem estamos pensando. Pode ser o mais velho, o mais bizonho, personalidade histórica, ator... O gênio consegue adivinhar. Mas, de vez em quando, o bichinho se perde e daí, é ponto para nós. O site é:  pt.akinator.com

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Educação

Estão reduzindo a Educação oferecida nas escolas a uma coisa que ela não é. Educação não é saber português e matemática. Educação é preparar o homem para viver em sociedade, educação é formar cidadãos. Educação é exaltar valores como a cooperação, a honestidade, a força de vontade, a bondade, o trabalho, a responsabilidade e o amor pela comunidade. Educação é instrumentalizar o homem para que ele possa vencer os desafios da vida. Mas parece que a situação agora é outra. Educação é preparar para o IDEB. Sim, é isso mesmo. E o que o aluno precisa saber? Português e Matemática. Diante da atual situação, eu daria uns conselhos para os Diretores e professores de Escolas: 

Esqueçam todo o resto: as outras matérias, o ensino de boas maneiras, de respeito à natureza, de sociabilidade, de cidadania e fiquem treinando os alunos para serem ótimos nas matérias que caem na prova. 

Ajudem na transferência daqueles alunos que são problemáticos, pois eles não têm condições de passar e a repetência denigre o índice da sua escola. Se eles não entenderem que não são bem-vindos, digam-lhes que eles não vão ter chances naquele estabelecimento e aconselhem sua ida para outra escola. Só podem ficar os bons. Não se preocupem! Quando vocês mostrarem os maravilhosos índices obtidos pela sua escola, ninguém vai querer saber sobre isso. 

Coloquem na cabeça, que educação está diretamente relacionada com saber português e matemática. Se o seu aluno tem outras competências, explique-lhe que os avaliadores, dessa época, dão maior credibilidade aos que sabem memorizar conteúdos, principalmente os de Português e de Matemática. Mesmo que, em seus discursos humanistas, eles falem o contrário. 

Se a sua escola tiver problemas de falta de professores, falta de merenda, de materiais, de salários baixos, de alunos violentos, de alunos usuários de drogas, de greve, prédio precisando de reforma, de alunos em situação precária, de professores mal qualificados e tantos outros problemas, não se preocupem com isso. O Importante é melhorar o IDEB. Não percam o foco. 

E, por último, esqueçam todo o significado do que é ser um educador. Esqueçam as suas responsabilidades com os seus alunos, com os pais de seus alunos e com a sua comunidade. O foco não é mais o desenvolvimento do aluno, mas sim o desenvolvimento das aptidões que ele precisa para poder passar na prova. Afinal, isso vale a reputação de sua Escola. 

Desculpem a ironia e as idiotices escritas anteriormente, mas é que existem tantos problemas para serem resolvidos na educação brasileira, e eles perdem tempo, primeiramente, com IDEB. Porque não fazem o seguinte: primeiro solucionam os problemas das escolas do Brasil. Problemas como a falta de professores, de alunos em situação precária, de baixos salários, de falta de estrutura... Depois, arrumem um sistema que avalie as Escolas. Mas pelo amor de Deus! Que seja uma coisa mais abrangente. Porque avaliar uma Escola pelo IDEB é, no mínimo, limitado. É como se pudéssemos julgar o valor de um ser humano, pelo seu conhecimento de Português e matemática. Conheço pessoas sem estudo que são trabalhadoras, empreendedoras e bem sucedidas. Dois Irmãos é um celeiro de pessoas que, mesmo tendo pouco estudo, tornaram-se grandes empreendedores e políticos. Ex. Os ex-prefeitos Walter Fleck e Léo Klauck, possuíam apenas, escola primária, e, mesmo assim, foram prefeitos bem conceituados (li no livro do Justino Vier). Assim também pode acontecer com as escolas. Algumas poderão ser eficientes em formar memorizadores de conteúdos, e por isso, obterem um bom IDEB. Mas será que vão conseguir formar um indivíduo consciente de suas potencialidades e atuante socialmente? E o que é mais importante? Um indivíduo com um monte de matérias memorizadas ou um indivíduo bem preparado para lidar com suas competências, um indivíduo pensador? No primeiro caso, são privilegiados os alunos que possuem boa memória. E no segundo caso, todos os alunos. Acredito que a segunda opção seja a educação que se deseje. Uma educação que beneficie todas as pessoas, que não exclua, mas sim que aperfeiçoe e dê esperança para todos os indivíduos. Para aqueles que gostem de memorizar conteúdos, para aqueles que gostem de artes, de esportes, de trabalhos manuais, de informática, ou seja, para todos os tipos de saberes. 

Abaixo, existem alguns links com matérias sobre educação, escolas e professores. Foram poucos minutos de pesquisa na internet. Apenas, uma mostra dos problemas da educação no Brasil.