segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A Valorização do homem

A sociedade atual é injusta! Nela, as únicas pessoas que podem ter oportunidades são as fortes. Aqueles que não têm força  muscular são considerados cidadãos de segunda categoria.  São humilhados e inferiorizados. As mulheres, então nem se fala. Elas são consideradas, apenas, vasos reprodutórios. São objetos que pertencem aos homens, assim como seu gado, seus escravos...Isso acontece, porque a riqueza dos reinos é obtida através das batalhas. Só os homens fortes tem condições de segurar lanças e espadas, de vestir as armaduras e de lutar pelos reinos. As pessoas que tentam dizer que outras qualidades, além da força, são importantes, são ridicularizadas e tornam-se ótimas opções para serem queimadas nas fogueiras. Ninguém acha possível mudar essa realidade, por isso, todos devem continuar cultuando a força física...


Ops! Período errado. Essa é a descrição da sociedade na Era Medieval. Vamos tentar, de novo...

A sociedade atual é injusta! Nela, as únicas pessoas que podem ter oportunidades são as intelectuais. Aqueles que não são intelectuais são considerados cidadãos de segunda categoria.  São humilhados e inferiorizados. Isso acontece, porque a riqueza dos grupos econômicos é obtida através de negócios. E, só os intelectuais têm condições de manipular os sistemas da informação, de lidar com os controles burocráticos e de construir estruturas que facilitem o desenvolvimento do capital. As pessoas que tentam dizer que outras qualidades, além da intelectualidade, têm importância, são ridicularizadas e tornam-se ótimas opções para serem achincalhadas, na opinião pública. Ninguém acha possível mudar essa realidade, por isso, todos devem continuar cultuando a intelectualidade...

Duas perguntas
Não foram só os fisicamente fortes que construíram a sociedade antiga, não são só os intelectuais que constroem a sociedade atual. Por que alguns devem ser valorizados e outros denegridos? Valorizar implica em remunerar melhor?

Um sonho para o futuro
A sociedade atual respeita todos os seus cidadãos. Não há homem com igual ou menor valor, para a sociedade. Todos são considerados peças importantes para o desenvolvimento social. Há uma melhor distribuição de renda. Todos vivem dignamente!




Bem cuidado, aí?

Bah! Li no jornal que os flanelinhas estão sendo banidos de Novo Hamburgo. Que legal!  Eu não posso odiar, mas, eu tenho que dizer  que detesto flanelinhas! É um absurdo ter que pagar para estacionar em lugar público. Certa vez, quando morava em Porto Alegre, tive um desentendimento com um flanelinha que atuava na Redenção. Era dia de formatura na UFRGS, e, por isso, o dito cujo, cobrou 15 Reais para que pudéssemos estacionar o carro. O local onde queríamos estacionar ficava perto do prédio onde iria ser realizada a formatura. Mas, eu e o meu marido,  não queríamos ir a formatura, nenhuma. Só queríamos passear na Redenção. O flanelinha foi ríspido e não permitiu que a gente estacionasse na vaga do lugar. Chamei a polícia...A polícia chegou, falou com o flanelinha e foi embora. O flanelinha ficou nos olhando com cara de quem iria aprontar com o nosso carro, se a gente deixasse ele ali. Moral da história: fomos embora furiosos com a situação! Passou um tempo e nós viemos morar em Dois Irmãos, e aqui ( Que maravilha!), não tem flanelinha. Mas, na abertura do Natal dos Anjos, desse ano, tinha um cidadão, que estava prestando serviço em um estacionamento privado e que achou por bem, expandir seu território para a rua 25 de Julho e imediações. Tão  logo, o visitante de outra cidade saiu do carro, o rapaz, com colete de segurança, já foi avisando que o estacionamento custava 5 Reais. Por um momento, a lembrança do trauma sofrido em Porto Alegre, voltou à minha cabeça. Não era possível que a prática da flanelagem  (Flanelismo + chinelagem) estivesse sendo permitida na minha cidade. Entramos no carro - eu e minha família já estávamos indo embora - e logo adiante, passamos por um brigadiano e informamos a situação com a qual havíamos nos deparado.  Não ficamos para ver o resultado. Só sei que, nos outros dias do Natal dos Anjos,  não achamos mais o cidadão que estava agindo como flanelinha.